Crianças e adolescentes enfrentam desafios únicos no desenvolvimento — conflitos escolares, redes sociais, pressão familiar e mudanças físicas e emocionais. Esses desafios, se não forem reconhecidos ou bem acompanhados, podem desencadear ou agravar transtornos mentais como ansiedade, depressão, sensação persistente de inadequação ou estresse excessivo.
Por que saúde mental importa desde cedo
• Formação da autoestima: na infância e adolescência se constrói uma base sobre como a pessoa se vê e se valoriza. Pequenas críticas, bullying ou isolamento, se frequentes, podem minar essa base.
• Prevenção de transtornos: muitos transtornos mentais manifestam-se primeiro na adolescência. Identificar sinais precocemente torna possível evitar agravamentos.
• Desempenho escolar, relacionamentos e bem-estar geral: saúde mental interfere diretamente em como se aprende, se relaciona, se comunica, participa da vida social.
Identificando sinais de alerta
Alguns sinais merecem atenção especial. Eles podem variar, mas entre os mais comuns estão:
• Queda no rendimento escolar ou falta de interesse por atividades que antes davam prazer.
• Alterações de sono — dormir demais ou ter insônia frequente.
• Mudanças no apetite ou peso, sem causa médica aparente.
• Isolamento social, recusa de sair ou encontrar amigos.
• Frases como “ninguém me entende”, “não adiantaria nada”, “prefiro ficar sozinho(a)”.
• Crises de ansiedade frequentes, sensação de medo ou pânico sem motivo claro.
Sempre que possível, é importante conversar — com pais, professores, psicólogos ou serviços de apoio — antes que o problema se instale de forma mais profunda.
Rede Pode Falar: um espaço para jovens encontrarem apoio
A Rede Pode Falar – Para Você é uma plataforma gratuita que oferece conteúdos confiáveis voltados para jovens e crianças com temas de saúde mental. Aqui estão alguns recursos que ela disponibiliza:
podefalar.org.br
• Temas comuns: ansiedade, autoestima, depressão, estresse, resiliência e prevenção.
• Ferramentas interativas, como o Teste de Ansiedade, que ajudam o jovem a identificar seu nível de estresse ou ansiedade — sem substituir diagnóstico profissional, mas sinalizando quando convém buscar ajuda.
• Materiais diversos — vídeos, podcasts, cartilhas — para aprender sobre relacionamento tóxico, cuidar da autoestima, desenvolver estratégias práticas de bem-estar.
• Recursos para quem cuida: orientações voltadas para pais, educadores, cuidadores que desejam apoiar alguém jovem do seu convívio.
Quando buscar ajuda profissional
Embora sites como a Rede Pode Falar sejam muito úteis, em muitos casos é essencial o acompanhamento de especialistas. Os sinais de que pode ser hora de procurar um psicólogo ou psiquiatra incluem:
• Pensamentos persistentes de morte ou suicídio.
• Incapacidade de realizar atividades cotidianas por causa de angústia ou medo.
• Sintomas físicos ligados ao estresse ou depressão — dores, cansaço extremo, problemas digestivos — sem causa clínica evidente.
• Uso de substâncias para “tapar” sentimentos ou fugir da realidade.
O papel dos adultos
Pais, professores, parentes são fundamentais:
• Criar um ambiente seguro para conversar, sem julgamentos.
• Observar mudanças de comportamento — isolamentos, notas, amizades.
• Estimular hábitos saudáveis: rotina de sono, alimentação, exercícios, momentos de lazer.
• Quando possível, compartilhar com profissionais: centros de saúde, psicólogos escolares, serviços gratuitos que existam na região.
A adolescência e os primeiros anos da juventude são períodos decisivos para a saúde mental. Ferramentas como a Rede Pode Falar oferecem suporte, informação e um primeiro passo. Mas cuidar de si e dos outros exige atenção, escuta e, quando necessário, orientação profissional. Quanto mais cedo for o diagnóstico e o acolhimento, maiores são as chances de superação.




PraTodosVer : cards na tonalidade amarelo e preto, com as escritas: (1) Setembro Amarelo: você não está sozinho! Sua vida importa!; (2) Saúde Mental para Jovens e Crianças, falar é o primeiro passo para cuidar de si. Fale! (3) Ouvir sem julgar é um dos maiores gestos de apoio. Fique atento aos sinais: – mudanças no sono ou no apetite; – isolamento e perda de interesse; – frases como ‘não aguento mais’ ou ‘ninguém se importa’; – ansiedade ou crises frequentes; – Falar faz bem. (4) Conta comigo! Rede Pode Falar. Um espaço seguro, gratuito e anônimo para: – aprender sobre ansiedade, autoestima e estresse; – fazer testes interativos (como o de ansiedade); – acessar vídeos, podcasts e cartilhas; – encontrar orientações para jovens e para quem cuida. Acesse www.podefalar.org.br ; (5) Você não está sozinho. Lembre-se: você não está sozinho. Se precisar de apoio imediato, ligue CVV 188 (24h e gratuito). Finalizando com a logomarca do projeto Divulga + e do COMDICA. Fim.
** Projeto Divulga + / Realização Instituto Cultural Filhos de Aruanda
Texto: Jornalista Sheron Nicolette – MTB 18.391
Jornalista Daiane Roldão – MTB 13.960
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