O rugby ainda não é um esporte popular no Brasil, mas em Rio Grande ele tem mudado a vida de milhares de crianças e adolescentes graças ao trabalho do Instituto Rugbyando. Criado em 2016 por três amigos — jogadores e treinadores da modalidade — o projeto nasceu com o propósito de disseminar a cultura do rugby e seus valores.
“O primeiro passo foi encontrar uma escola que acreditasse na ideia. Tivemos uma reunião com a direção da Escola Wanda Rocha Martins, no Cassino, que aceitou ser a Escola Piloto. Foi ali que tudo começou”, lembra Alan Simões, um dos fundadores.
No ano seguinte, em 2017, o Instituto iniciou suas atividades escolares com diversas turmas de idades diferentes. “Naquele período conseguimos, inclusive, construir um campo de rugby dentro da escola, em um espaço cedido pela direção. A inauguração desse campo foi decisiva para a formalização do nosso Instituto”, destaca Alan. Também integram a fundação do Instituto, Frederico Tagliani, Fabiana Laurino, Wilson Busetti, Rodrigo Lopas, Marina Silva e Pâmela Soares.
Desde então, o Rugbyando já impactou cerca de 500 crianças e adolescentes por ano, somando mais de 4 mil participantes em oito anos de atuação. Sem sede própria, o projeto encontrou nas parcerias com escolas uma forma de se consolidar. As ações se dividem em três frentes: atividades contínuas para crianças e jovens, intervenções pontuais em escolas e cursos de formação em rugby escolar para professores e educadores.
Além do Rio Grande, o projeto ultrapassou fronteiras. Um convite da Secretaria de Educação de Santa Vitória do Palmar resultou em um curso de iniciação em rugby para professores da rede municipal. O sucesso foi tão grande que, pouco tempo depois, o curso também foi ministrado em Canguçu e na própria cidade do Rio Grande. “Chegamos a criar uma formação voltada para treinadores e pessoas que queriam aprender a conduzir treinos de rugby. Foi um passo importante para expandir o esporte”, explicam.
A expansão veio acompanhada de novas parcerias e iniciativas. Em 2018, o Instituto atuou junto ao Sesc no projeto Estação Verão, oferecendo atividades esportivas para crianças e adolescentes. Em 2019, organizou o primeiro festival reunindo escolas participantes. Também surgiram iniciativas fora do campo: cursos de inglês para alunos e oficinas de administração financeira e Excel para os pais.
Outro marco foi a conquista do Edital Segue o Jogo, em 2022, que garantiu equipamentos de apoio, como projetor e notebook. Nos anos de 2023 e 2024, as atividades continuaram na Escola Silva Gama, no Cassino, e se ampliaram com um projeto de defesa pessoal para meninas de duas escolas, uma resposta direta ao aumento da violência contra mulheres.
Para 2025, a expectativa era de atuação fixa na escola Silva Gama, além da atuação junto ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdica) para viabilizar o sonho da sede própria. No entanto, a chegada de um novo integrante à família de dois dos educadores levou a uma pausa temporária nas atividades práticas deste ano.
Mesmo assim, os fundadores reforçam que o legado está consolidado. “Mais do que ensinar as regras e técnicas de um esporte ainda pouco popular, nós promovemos valores como respeito, disciplina e trabalho em equipe. É isso que impacta a vida dos jovens rio-grandinos”, afirmam.
Entre em contato com o Instituto por e-mail: projeto.rugbyando@gmail.com ou instagram: @institutorugbyando





PraTodosVer : imagem principal de uma sala, onde aparecem algumas crianças sentadas no chão, observando a apresentação do projeto Rugbyando. As imagens secundárias, são de imagens das crianças treinando, em espaço fechado e ao ar livre, sempre acompanhadas por educadores que fazem parte do projeto. São imagens de concentração, descontração e alegria. Fim.
** Projeto Divulga + / Realização Instituto Cultural Filhos de Aruanda
Texto: Jornalista Sheron Nicolette – MTB 18.391
Jornalista Daiane Roldão – MTB 13.960
Imagens: Instituto Rugbyando
Social Mídia: @audiovisualalinepontes