Setembro marca, em todo o país, a campanha Setembro Amarelo, movimento de conscientização sobre a importância da prevenção do suicídio. Criada em 2014, com a participação do Centro de Valorização da Vida (CVV), a iniciativa teve sua primeira edição em 2015 e hoje é a maior mobilização do Brasil nesse tema. A cor amarela foi escolhida como referência ao Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, lembrado em 10 de setembro.
Neste ano, o tema da campanha é “Conversar pode mudar vidas”, destacando o diálogo como ferramenta essencial para acolher quem sofre em silêncio. “Mais do que iluminar prédios ou promover ações simbólicas, o objetivo é criar espaços de escuta e informação, para que o assunto deixe de ser tabu e possa ser tratado com a seriedade que merece”, destaca o CVV.
Um problema de saúde pública
Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil registra 15.507 mortes por suicídio ao ano, uma média de 42 por dia. Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio já é a quarta causa de morte mais recorrente, atrás apenas de acidentes de trânsito, tuberculose e violência interpessoal. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, para cada morte, outras 25 pessoas tenham tentado tirar a própria vida.
Estudos também mostram a dimensão do problema: uma pesquisa da Unicamp aponta que 17% dos brasileiros já pensaram seriamente em suicídio e 4,8% chegaram a elaborar um plano.
Sinais de alerta
Ficar atento a mudanças de comportamento pode salvar vidas. Entre os sinais que merecem atenção estão:
– isolamento repentino;
– perda de interesse por atividades antes prazerosas;
– alterações no sono e no apetite;
– queda no desempenho escolar ou profissional;
– frases como “queria desaparecer” ou “preferia estar morto”.
Amigos, familiares, professores e colegas de trabalho podem ser fundamentais no processo de acolhimento. E, quando necessário, buscar ajuda profissional é o caminho mais seguro.
Onde buscar apoio
O CVV – Centro de Valorização da Vida, fundado em 1962, é referência nacional no apoio emocional e prevenção do suicídio. A instituição atua de forma gratuita, sigilosa e anônima, com mais de 2,7 milhões de atendimentos anuais, realizados por cerca de 3.300 voluntários espalhados pelo país.
O serviço funciona 24 horas por dia pelo telefone 188, sem custo de ligação. Também é possível conversar por chat e e-mail, acessando o site www.cvv.org.br.
Como participar
Além de procurar ajuda, qualquer pessoa ou instituição pode contribuir com o Setembro Amarelo. Isso inclui a realização de palestras, debates, rodas de conversa e ações de conscientização em escolas, empresas e comunidades.
Quem tiver interesse em atuar mais diretamente pode se tornar voluntário do CVV. É preciso ter mais de 18 anos e participar de um curso de capacitação, que pode ser feito presencialmente ou online.
Serviço:
Telefone CVV: 188 (24h, ligação gratuita)
Site: www.cvv.org.br
PraTodosVer : imagem em azul e branco da logomarca da CVV, com a sigla e a escrita ‘Como vai você’? Fim.
** Projeto Divulga + / Realização Instituto Cultural Filhos de Aruanda
Texto: Jornalista Sheron Nicolette – MTB 18.391
Jornalista Daiane Roldão – MTB 13.960
Social Mídia: @audiovisualalinepontes
